Finanças

Benefícios do cartão de crédito para o financeiro de clínicas médicas

Transformações no comportamento dos pacientes destacam a necessidade de diversificar as opções de pagamento. Descubra os métodos de pagamento mais comuns e os principais benefícios do uso de cartão de crédito para a gestão financeira de clínicas médicas.

Equipe Amigo

Criador de conteúdo
4 Sep
24
Atualizado em
4 Sep
24
8 min de leitura

As novas tecnologias trazem facilidades para o atendimento médico, diagnóstico e tratamentos, mas também é capaz de dar eficiência e maior organização aos processos de gestão de serviços na área de saúde. A gestão de pagamentos, por exemplo, é uma área que foi bastante transformada nos últimos anos com as várias formas de pagamento que surgiram no intuito de conferir rapidez ao processo e integração das informações relacionadas.

A revolução da tecnologia também trouxe mudanças significativas em termos de comportamento. O paciente 5.0, perspicaz e exigente, busca ser tratado como um consumidor dos serviços de saúde. Dentro dessa lógica, quer ter as facilidades de pagamento que melhor se conectam com seus hábitos e preferências.

Diversificar as formas de pagamento em serviços de saúde é, então, preparar o seu negócio preparado para lidar com os novos perfis de pacientes e com processos de gestão cada vez mais integrados e eficientes.

Por que diversificar as formas de pagamento em uma clínica médica?

Formas de pagamento são os modos como sua clínica pode receber pagamentos de pacientes. Em um mundo cada vez mais digitalizado, é natural que as pessoas utilizem menos dinheiro em espécie durante suas rotinas e utilizem mecanismos mais práticos de pagamento, na maioria das vezes por smartphones.

O hábito de esperar em agências bancárias para pagar ou sacar está sendo cada vez menos observado. Do mesmo modo, é incomum e antiquado clínicas ou consultórios exigirem dos pacientes pagamentos em espécie.

Uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) indica que no ano de 2023 foram realizadas quase 42 bilhões de transações por PIX no Brasil, número 75% maior do que no ano anterior. O volume de movimentações é maior do que as de cartão de crédito e débito, boletos, TED (Transferência Eletrônica Disponível), Documento de Crédito (DOC), cheques e TEC, que juntas, somaram quase 39,4 bilhões de operações.

Conforme estudo realizado pela Distrito Dataminer, 52% da população brasileira utiliza cartão de débito e 46% o cartão de crédito. Em perspectiva, o uso de dinheiro em espécie diminui enquanto o uso de cartão de crédito aumenta ao longo dos anos. 

As mudanças de comportamento relacionadas ao processo de pagamento nos últimos anos apontam para um perfil de paciente cada vez mais empoderado, que exige, além de um bom atendimento, uma experiência satisfatória ao longo de toda a sua jornada com a clínica, desde o agendamento até o pós -atendimento. 

É possível destacar algumas das principais vantagens de oferecer várias formas de pagamento em clínicas médicas:

• Atrair e fidelizar pacientes

Divulgar possibilidades variadas de pagamento pode atrair pacientes. Oferecer e garantir um processo de pagamento simples pode tornar os pacientes fidelizados à sua clínica. Além disso, toda a facilidade demonstra profissionalismo e eleva a satisfação dos pacientes com a sua clínica, sobretudo quando as formas de pagamento são adequadas às características e necessidades de seu público.

• Diminuir a taxa de inadimplência

Quando pagamentos automáticos ou parcelamentos via cartão de crédito são realizados, a clínica registra uma menor taxa de inadimplência, o que garante maior segurança financeira para o negócio.

• Aumentar previsibilidade financeira 

Toda a gestão financeira de sua clínica é beneficiada quando há um alinhamento das formas de pagamento com ferramentas de controle financeiro. A velocidade de cruzamento dos dados, integrando diversos setores do negócio, pode ajudar a elevar sua saúde financeira, possibilitando decisões mais estratégicas a longo prazo.

• Dar segurança ao processo de pagamento

Os riscos de cair em golpes ou erros no processo de pagamento são reduzidos significativamente quando há possibilidades diversas de pagamento, sobretudo utilizando as ferramentas digitais. A segurança é aumentada tanto para o paciente, que não precisa mais transitar com dinheiro em espécie, como para a clínica, que automaticamente pode cobrar e receber pelos serviços. 

Métodos de pagamento mais comuns 

Pagamentos em dinheiro ainda são recorrentes em boa parte das clínicas médicas brasileiras, mas outras formas, vinculadas às tecnologias digitais, estão cada vez mais presentes e podem ser encaradas como vantagens competitivas por gestores de clínicas e consultórios.

Dentre as formas mais comuns, destacam-se:

• Cartões de débito e crédito

Cartões de débito e crédito são formas de pagamento em que os valores são debitados na hora ou ao longo do tempo, sempre de forma automática. Ao contrário de carnês ou cheques, com cartões a clínica tem a garantia de que irá receber pelos serviços, além de oferecer maior praticidade ao processo.

• Boleto bancário

Boleto é uma forma de pagamento simples, que envolve pouca burocracia. Há a possibilidade de ser gerado de modo automático ou pagar à vista no prazo que foi estabelecido. Como o pagamento não é instantâneo, muitas clínicas têm restrição ao boleto, já que dificultam o controle de finanças.

• Pagamentos online ou por meio de links

Pagamentos por meio de links, conhecidos como pagamento online, permitem o faturamento à distância e o compartilhamento através de WhatsApp, SMS, e-mail, ou alguns outros canais. Para simplificar e integrar as informações é importante que a clínica ou consultório conte com um sistema de gestão que contemple tais formas de pagamento.

• TEF (Transferência Eletrônica de Fundos)

Esta forma de pagamento é realizada através da transferência de valores de uma conta para outra e acontece à vista, mesmo que o faturamento não aconteça na mesma hora, já que, quando feito para bancos diferentes ou em feriados, a transação pode ser finalizada horas depois. Outra característica importante é que a TEF costuma ter taxas altas, trazendo custos para o financeiro de uma clínica médica.

• PIX

O PIX é uma tecnologia de transferência financeira imediata desenvolvida pelo Banco Central. Para transferir ou cobrar algum valor, basta disponibilizar uma chave PIX, que pode ser um número de telefone, e-mail, CNPJ/CPF, código de pagamento específico ou um QR code para leitura através do smartphone. As transações via PIX são totalmente gratuitas entre pessoas físicas, mas taxadas para pessoas jurídicas, como clínicas médicas. 

Além dessas formas de pagamento mais utilizadas, é importante estar atento às evoluções de comportamento e tecnologia que trazem algumas outras tendências na forma como são realizadas essas operações financeiras. O mobile payment, por exemplo, tem crescido com a integração dos serviços financeiros pessoais em aplicativos para celular. Outro exemplo destacável é o pagamento em criptomoedas, que são moedas digitais não rastreáveis que trouxeram novas perspectivas para a economia mundial.

Benefícios do pagamento via cartão de crédito para clínicas médicas

Nos últimos anos, as pessoas têm buscado formas alternativas de pagar por serviços na área de saúde. Naturalmente, buscam por opções mais flexíveis e com processos transacionais rápidos e fáceis de serem realizados. Desse modo, oferecer pagamento via cartão de crédito é uma das principais estratégias financeiras adotadas por clínicas médicas.

O cartão de crédito é uma das formas de pagamento mais indicadas para negócios na área de saúde, pois é plenamente utilizado pela população, além de ser uma forma garantida de receber dos pacientes, eliminando o risco de inadimplência. 

Na sequência, saiba os principais benefícios e características dessa forma de pagamento:

• Garantia de recebimento

Os serviços de cartão de crédito oferecem para clínicas a garantia de recebimento por serviços realizados. Após a cobrança feita, o valor é descontado automaticamente da conta do paciente, independente de o pagamento ser à vista ou parcelado. Com isso, os gestores de clínicas podem ficar mais tranquilos quanto ao recebimento, mesmo que os pacientes não façam o pagamento.

• Cobrança recorrente

Ao contrário do cartão de crédito, com pagamento parcelado que desconta o valor total do limite do cartão, uma cobrança recorrente desconta um valor fixo mensal, sem comprometer o limite total do cartão. Isso traz facilidade para o paciente e, naturalmente, torna o seu negócio muito mais atrativo.

• Controle orçamentário 

Saber o orçamento disponível dos meses seguintes ou do ano é um benefício fundamental para a boa organização financeira de clínicas médicas. Com o pagamento via cartão de crédito com cobranças recorrentes, o negócio pode contar com o valor previsto, planejar e tomar decisões mais assertivas. Não há riscos de a cobrança não acontecer, pois é feita automaticamente no cartão do paciente durante o período definido. 

• Diminuição de cancelamentos de consultas

Com o pagamento via cartão de crédito, os pacientes podem parcelar valores de consultas ou demais procedimentos. Isso gera uma espécie de compromisso com os procedimentos agendados, pois o investimento já foi feito, o que diminui a chance de cancelamentos e desorganização na agenda da clínica.

• Facilidade para os pacientes

O uso de cartões de crédito é plenamente difundido no país. De acordo com dados do Banco Central, o número de cartões ativos no Brasil é maior do que o dobro da população ocupada, somando 212 milhões. O volume pode ser explicado pela praticidade que o método oferece aos usuários, como não andar com dinheiro ou enfrentar filas em bancos e lotéricas para pagar faturas. Além disso, a possibilidade de parcelar compras facilita o pagamento de serviços com valor elevado, o que é comum em clínicas especializadas.

Uma solução integrada de gestão financeira

Além de inúmeros benefícios para o paciente, o cartão de crédito promove um processo de cobrança e recebimento simples e rápido  para clínicas. Para garantir ainda mais agilidade e organização dos processos financeiros, é fundamental contar com um sistema de gestão que centralize todos os processos de agendamento e atendimento de forma integrada às informações financeiras. 

Atualmente, graças ao avanço da tecnologia na área de saúde e de finanças, é possível utilizar ferramentas que transformam processos complexos em ações intuitivas e ágeis. Após o pagamento com o cartão de crédito, o sistema é capaz de registrar e identificar a entrada do valor, autorizando o procedimento médico. Quando se trata de um pagamento recorrente, o sistema identifica os valores mensais, com data de vencimento e parcelas restantes. Assim, é possível acompanhar e realizar todas as movimentações dentro da mesma plataforma.

O Amigo Pay é uma solução financeira do Amigo que integra dados de vários setores de sua clínica, inclusive do agendamento e atendimento, tornando o processo de cobrança, recebimento e pagamentos simples e muito ágil. Com poucos cliques é possível realizar várias ações e ter uma rotina de gestão otimizada.

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Finanças

Aprenda como precificar serviços na área de saúde de maneira eficiente, equilibrando lucro e satisfação do paciente. Descubra os principais fatores que impactam a precificação e como uma gestão inteligente pode otimizar sua clínica ou consultório.

Precificar serviços na área de saúde é uma atividade que pode envolver diversos fatores e critérios, como custos fixos e variáveis, impostos, taxas de cartão, lucro, pró-labore, entre outros. É comum profissionais de saúde, pelo volume e complexidade de seus trabalhos, dedicarem pouco tempo para aperfeiçoar o modelo de gestão de seus negócios. Dominar a área de gestão é uma das melhores habilidades que um profissional de saúde pode ter, considerando que a estratégia de gerenciamento adotada e a definição precisa de preços são capazes de equilibrar uma boa margem de lucro com nível de satisfação elevado por parte do paciente.

Ao longo deste artigo você saberá como precificar bem serviços na área de saúde, de modo a garantir lucro adequado, sem abdicar da boa satisfação de seu paciente.

Fatores que impactam a precificação de um negócio na área de saúde

Antes de iniciar o processo de precificação de serviços oferecidos por clínicas e consultórios, é fundamental tomar conhecimento sobre características mais gerais do negócio, do mercado e da região.

Conheça o perfil de seus pacientes em potencial

Cada região traz características históricas e demográficas que devem ser levadas em consideração para entender a melhor estratégia de precificação em sua clínica ou consultório. De acordo com a área de atuação, pacientes podem estar dispostos a pagar mais ou menos por determinado tipo de procedimento, podem demandar serviços mais ou menos exclusivos.

Realize análises de mercado sempre que possível

É fundamental observar com determinada frequência o que está acontecendo no mercado em que sua clínica ou consultório atua. Desse modo, cabe aos gestores mensurar valores médios cobrados pela concorrência, tipo de serviços oferecidos, formas de pagamento, perfis de pacientes, estrutura oferecida, tendências do mercado e possibilidades de inovação tecnológica.

Controle os custos com infraestrutura e manutenção

Algumas perguntas relacionadas à operação da clínica ou consultório são indispensáveis para uma boa gestão, como: quanto é preciso investir em móveis, equipamentos e instrumentos utilizados nos procedimentos? Quanto é necessário para realizar a limpeza e manutenção de toda essa estrutura? Quais outros custos garantem o funcionamento do negócio, como energia elétrica, água e internet? Qual o custo com a folha de pagamento dos funcionários? Qual o custo tributário da operação do negócio?

Sem respostas objetivas sobre todos os custos básicos do negócio, é impossível estabelecer uma precificação saudável e adequada às suas características e necessidades, já que os custos precisam ser repassados, de algum modo, para os pacientes.

Mensurando e explorando o valor agregado pelos serviços médicos

Além dos custos para a realização dos procedimentos oferecidos por uma clínica, há outros aspectos simbólicos que devem ser observados ao longo do processo de precificação. Fatores como o tempo de atuação no segmento, experiência dos profissionais atuantes, imagem e reputação do negócio diante de seus clientes também agregam valor aos serviços prestados e podem ser incluídos nos preços aplicados.

Como montar a precificação adequada para sua clínica ou consultório?

O sucesso de uma clínica ou consultório médico depende de uma boa gestão, que, necessariamente, passa por uma estratégia de precificação adequada. Nesse sentido, observar características internas do negócio e externas, da concorrência, é uma tarefa indispensável para gestores, que deve acontecer de maneira recorrente e alinhada ao planejamento estratégico.

Para montagem de uma boa estratégia de precificação, é necessário compor uma simples equação que contém os seguintes elementos:

Custos Fixos: Despesas mensais ou anuais que não mudam com o número de atendimentos. Exemplo: aluguel, condomínio, CFM, IPTU, etc.

Custos Variáveis: Podem variar conforme o volume de atendimentos ou procedimentos, como insumos, medicações e medicamentos. Pela variação, o controle desse tipo de custo costuma ser bem mais difícil, já que exige um acompanhamento diário.

Impostos: É indispensável considerar os custos fiscais de cada procedimento.

Atendimento de retorno: Cada atendimento deve considerar o tempo de retorno e também insumos envolvidos no procedimento.

Lucro: É a receita que cabe ao negócio, seja como pró-labore ou investimento. É importante lembrar que o regime de Lucro Presumido é o mais utilizado por PJs na área médica. Tal enquadramento prevê lucro mínimo de 32%. Estando nessa modalidade, os negócios precisam aplicar 32% de margem de lucro, pelo menos.

O preço de um atendimento deve ser a soma dos custos fixos e variáveis, impostos, atendimento de retorno e a margem de lucro.

Atendimento = Custos fixos + Custos variáveis + Impostos + Atendimento de retorno + Margem de lucro

Conclusão

Para que a gestão da precificação de uma clínica ou consultório seja feita de forma organizada e integrada, é importante que o negócio conte com um sistema de gestão inteligente. O Amigo é uma ferramenta capaz de reunir as variadas informações, que podem estar espalhadas em setores diferentes (agendamento, atendimento, estoque, contabilidade, financeiro, etc.), cruzar dados automaticamente, e acessar relatórios que trazem uma visão completa do negócio, auxiliando na tomada de decisões estratégicas.

15
Aug
24
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Contabilidade

A equiparação hospitalar pode trazer redução significativa de impostos e uma série de melhorias relacionadas. Saiba o que é equiparação hospitalar, quais os requisitos necessários, benefícios e etapas para implementação.

Médicos gestores têm buscado cada vez mais se informar e aplicar a estratégia de equiparação hospitalar, devido em muito à alta complexidade do sistema tributário brasileiro. A abordagem permite não somente aliviar o impacto da carga tributária, como também elevar a eficiência contábil de uma clínica ou consultório.

O que é equiparação hospitalar?

Equiparação hospitalar é um instrumento legal utilizado para trazer vantagens financeiras significativas  para clínicas de diversos perfis e especialidades médicas. A estratégia tributária possibilita equiparar, em termos fiscais, clínicas e hospitais, no entendimento de que as clínicas executam determinados serviços semelhantes aos prestados por hospitais.

Clínicas que oferecem procedimentos mais complexos, como internação, exames de imagem, cuidados pós-operatórios intensivos, estrutura hospitalar, podem se beneficiar com esse mecanismo e gozar da redução de impostos. Para a realização desse processo, é preciso, não uma ação isolada, mas um conjunto de medidas visando reorganizar as finanças e a contabilidade da empresa.

Assim, para diminuir a carga de impostos, clínicas se apoiam na Lei n.º 9.249/2015, que realiza o cálculo dos hospitais de modo diferente, além da Instrução Normativa 1234/2012, que define os que são considerados serviços hospitalares para o governo federal. Estes se enquadram  nas atribuições 1 a 4 da Resolução RDC 50/2002, que objetivam controlar as atividades dos locais de saúde.

Quais os requisitos para ter reconhecida a equiparação

Para que a equiparação hospitalar seja reconhecida, é necessário que os gestores implementadores das medidas estejam cientes das condições específicas e garantam adequação às normas fiscais e regulatórias indispensáveis. Na sequência, serão apresentados alguns requisitos fundamentais para que o processo aconteça:

- Adequar-se a clínica ao regime tributário do Lucro Presumido
A clínica deve estar registrada no regime tributário do Lucro Presumido, modo que simplifica tributos ao presumir um lucro pré-estabelecido. Sem esse enquadramento não é possível realizar a equiparação hospitalar.

- Ser uma sociedade empresária
É preciso que a clínica, do ponto de vista empresarial, seja uma sociedade empresária com registro na Junta Comercial.

- Alinhar-se com as normas da ANVISA
A clínica deve atender integralmente às normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). É importante ressaltar que o alinhamento considera tanto padrões de qualidade e segurança, como boas práticas no ambiente onde acontece a prestação de serviços.

- Realizar procedimentos complexos
A equiparação hospitalar pode ser feita por clínicas de diversas áreas, desde que seja constatado que a clínica oferece procedimentos complexos, que demandam internação, centro cirúrgico e cuidados intensivos.

Na tentativa de amenizar o impacto da carga tributária, muitas clínicas buscam a equiparação sem a devida orientação técnica. É decisivo para o processo contar com consultoria especializada em negócios na área de saúde. A ajuda pode garantir a implementação das medidas com segurança fiscal, sem maiores prejuízos à rotina da empresa.

Quais os benefícios e economias da equiparação hospitalar para clínicas médicas?

Para as clínicas que conseguem realizar a equiparação hospitalar, os benefícios, principalmente fiscais, são bem expressivos e com um grande impacto para o sucesso dos negócios. Além disso, outros benefícios também podem ser observados, como a maior segurança jurídica e o ganho de competitividade.

- Redução significativa de impostos

Com a equiparação, há uma mudança considerável de encargos fiscais, principalmente em procedimentos complexos, como cirurgias ou exames de imagem.  Com a amortização, há maior margem de lucro para a empresa, que pode investir na capacitação de profissionais, em melhorias estruturais ou aquisição de novas tecnologias.

- Solidez e previsibilidade financeira

Reduzir impostos permite que a gestão dos recursos seja mais eficiente. Com isso, pode haver maior previsibilidade no orçamento da empresa, o que permite planejar a longo prazo de modo estratégico. A economia nos tributos torna mais sólida a gestão financeira da clínica, diminuindo impactos com as variações econômicas que podem acontecer.

- Aumento de competitividade

A partir do momento em que clínicas se equiparam aos hospitais em termos de serviços, naturalmente, são capazes de atrair mais pacientes. Essa capacidade de atração representa um estímulo para que a empresa fortaleça seu posicionamento no segmento em que atua, se tornando uma marca cada vez mais forte.

Conclusão

Com uma carga tributária complexa, a tarefa de realizar uma gestão tributária se torna ainda mais difícil no Brasil, especialmente para clínicas médicas. Uma maneira eficiente de simplificar e amortizar impostos é buscar a equiparação hospitalar.

Para tanto, é fundamental contar com o suporte de profissionais da área jurídica e especialistas em contabilidade médica, já que um profissional generalista pode não conhecer profundamente detalhes operacionais e fiscais dos serviços de saúde, podendo colocar em risco o procedimento, que leva alguns meses para ser concretizado.

Na equiparação hospitalar, não há um limite pré-estabelecido para a redução de impostos. O tamanho dela está diretamente relacionado à elegibilidade da clínica e ao volume de procedimentos ofertados. Isso reforça a importância da consultoria de profissionais especializados, que podem incluir o máximo de critérios de elegibilidade, além de garantir solidez para que o acompanhamento seja contínuo.

Uma condição básica para quem busca a equiparação hospitalar é entender a situação fiscal em que a clínica se encontra. O Amigo oferece um diagnóstico tributário totalmente exclusivo e gratuito. A ferramenta, que utiliza consultores com experiência em contabilidade médica, é o primeiro passo para conquistar um alinhamento fiscal que possibilite a equiparação. Solicite um diagnóstico tributário e transforme a situação fiscal de sua clínica para melhor.

17
Jul
24
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Contabilidade

Saiba quais as principais características e desafios relacionados à gestão tributária das clínicas médicas no Brasil.

A complexidade da gestão de um negócio na área de saúde somada à complexidade tributária do Brasil proporciona uma experiência cada vez mais difícil para médicos e gestores de clínicas e consultórios. Manter as finanças organizadas, planejar todas as operações diárias da clínica, atrair e fidelizar clientes têm sido um trabalho multifacetado e atravessado por desafios que exigem ações estratégicas e auxílio de ferramentas para otimizar a rotina.

Principais dificuldades financeiras enfrentadas por clínicas brasileiras

O segmento de clínicas médicas está em constante crescimento no Brasil, muito pelo fato de a saúde ser um bem de primeira necessidade, mas principalmente por demandas cada vez mais variadas de procedimentos, que acompanham a evolução das tecnologias e das formas de atendimento. Atualmente, são 291.362 clínicas privadas registradas nos seguintes CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas):

8630-5/01: Atividade Ambulatorial com recursos para realização de procedimentos cirúrgicos;

8630-5/01: Atividade médica ambulatorial com recursos para a realização de exames complementares;

8630-5/01: Atividade médica ambulatorial restrita a consultas como atividade principal.

A partir de tais classificações, é importante destacar que a atividade está presente em 100% dos municípios brasileiros. São Paulo é o estado que mais possui clínicas (80.255), seguido por Minas Gerais (30.412) e Rio de Janeiro (26.979). As microempresas dominam o espectro de clínicas brasileiras, sendo 64,09% do total, enquanto empresas de pequeno porte representam 17,06% e médias e grandes empresas somam 16,8%. 

A taxa de mortalidade das clínicas é de 12,36% ao ano. Apesar do grande volume de empreendimentos, o setor não pode ser considerado estabelecido, já que a maturidade, índice que considera empresas estabelecidas com 3,5 anos ou mais, é de 58,99%, o que corresponde a 154.741 clínicas. Já 37% das clínicas (105.870) possuem entre 1 e 3 anos, e outros 3,1% (8790) são empresas nascentes, com menos de 1 ano de atividade.

Segundo o Relatório Focus, a recuperação gradual da economia brasileira traz impactos positivos para o setor de saúde privado. Clínicas se valem das demandas cada vez mais específicas e são impulsionadas pelo envelhecimento da população e crescimento da classe média. Apesar disso, encontram um sistema tributário complexo e pesado para os serviços na área de saúde.

Alguns fatores se destacam como desafios comuns para a gestão financeira de clínicas médicas, impactando sua operação e sustentabilidade:

Custos operacionais elevados: o funcionamento de uma clínica passa pelo pagamento de salários e benefícios de profissionais especializados (médicos, enfermeiros, administradores). Além disso, há custos com equipamentos médicos, que normalmente são caros e que devem passar por manutenções periódicas ou substituição quando acontecem inovações na área.

Tributação e Burocracia

O sistema tributário brasileiro passou por reforma importante recentemente, mas ainda é bastante complexo e pode ser cruel para muitas clínicas. Impostos como o ISS (Imposto sobre Serviços), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e PIS/COFINS (Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público) tornam elevada a carga tributária, fazendo com que muitas empresas atravessem problemas fiscais. Além da tributação, há esforços de tempo e recursos para atendimento às regulamentações sanitárias e todas as exigências legais referentes ao segmento.

Gestão financeira

Muitas clínicas brasileiras não realizam planejamento financeiro e orçamentário adequado ao negócio. Não ter um controle dos fluxos de caixa ou usar recursos de forma não estratégica pode trazer problemas de faturamento para a clínica. Outro ponto que merece atenção é a inadimplência, tanto por parte dos pacientes, quanto por dificuldades no faturamento de serviços prestados por meio de convênios e seguradoras.

Investimentos e crédito

Taxas de juros elevadas e a exigência de garantias podem representar um obstáculo para que clínicas consigam recursos para investimentos, o que contribui para a expansão ou melhoria do negócio.

Concorrência

O volume de clínicas, sobretudo privadas, demanda investimentos contínuos em marketing para atrair e fidelizar clientes, além de custos para a garantia da qualidade ao longo de toda a jornada do paciente. Um dos grandes desafios nesse sentido é conseguir equilibrar a qualidade do atendimento com a eficiência operacional. Só dessa forma o negócio se torna viável e sustentável.

Carga tributária aplicada a serviços de saúde

Clínicas médicas podem se enquadrar em três regimes tributários distintos: o Simples Nacional, o Lucro Real e o Lucro Presumido. A carga tributária pode variar de 6% a 30,5%. Quando o faturamento é abaixo de R$4,8 milhões, as clínicas podem utilizar o Simples Nacional, que faz a arrecadação através do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), com recursos distribuídos para União, Estados e Municípios. A carga tributária está normalmente entre 14% e 15%.

No regime de Lucro Presumido, empresas médicas têm carga tributária variando entre 13,33% e 16,33%, com faturamento anual de até R$78 milhões. Neste regime, o recolhimento utiliza várias guias, incluindo PIS, COFINS, CSLL, IRPJ, destinados à União, e ISS, que varia conforme o município onde acontece a prestação de serviços. 

O Lucro real, obrigatório para empresas que faturam anualmente mais de R$78 milhões, promove o cálculo de tributos por confronto, incidindo o IRPJ e CSLL sobre o lucro líquido. No regime, cada imposto se utiliza de uma guia específica e é fundamental atentar para obrigações acessórias, como Sped Contábil, LALUR, Inventário e ECF.

Segundo a Lei 9249/1995, clínicas que optam pelo regime do Lucro Presumido ficam sujeitas à tributação do Imposto de Renda (IFPJ) e da Contribuição Social (CSLL), com base de cálculo de 32% sobre a receita bruta do trimestre. É desconhecido por muitos gestores que estabelecimentos com esse perfil podem se enquadrar em atividades equiparadas aos hospitais, considerando as práticas relacionadas à saúde. Com isso, há uma oportunidade de redução de impostos na clínica ou consultório. A alíquota do IRPJ cai de 32% para 8%, já a da CSLL cai de 32% para 12%, representando uma grande economia para o negócio.

Para a realizar a equiparação hospitalar, é indispensável que as clínicas médicas contem com o suporte de especialistas na área de contabilidade médica. Por ser uma operação burocrática, com detalhes técnicos determinantes para o seu sucesso, o conhecimento mais aprofundado faz toda a diferença.

Outra condição essencial para quem busca a equiparação hospitalar é entender a situação fiscal em que a clínica se encontra. O Amigo oferece um diagnóstico tributário totalmente personalizado e gratuito. A ferramenta, que utiliza consultores com experiência em contabilidade médica, é o primeiro passo para conquistar um alinhamento fiscal que possibilite a equiparação. Solicite um diagnóstico tributário e transforme a situação fiscal de sua clínica para melhor.

21
Jun
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