Residência em Clínica Médica: Uma Carreira Médica Sólida
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8 Jan
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8 Jan
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Residência em Clínica Médica: Caminho para o Sucesso na Carreira Médica
A residência em clínica médica é uma etapa fundamental na formação de futuros médicos, unindo o conhecimento teórico à prática clínica diária.
O programa de residência prepara os profissionais para enfrentar uma ampla variedade de desafios médicos, garantindo um atendimento de qualidade aos pacientes em diversos contextos.
Com uma abordagem abrangente, os residentes desenvolvem habilidades cruciais em diagnóstico, tratamento e gestão de condições clínicas variadas.
Durante o programa de residência, os médicos têm a oportunidade de trabalhar de perto com especialistas experientes, enriquecendo os seus conhecimentos em clínica médica.
Essa experiência prática é fundamental para consolidar os aprendizados em medicina, além de promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos residentes. A residência em clínica médica estabelece uma base sólida para carreiras médicas bem-sucedidas e prepara os médicos para lidar com a complexidade do mundo real.
Fundamentos da Residência em Clínica Médica
A residência em clínica médica é uma etapa indispensável na formação de médicos, consolidando conhecimentos fundamentais para a prática clínica. Este processo aprofunda as competências necessárias para o atendimento abrangente e eficaz aos pacientes.
Definição e Importância
Residência em clínica médica é um programa de treinamento profissional que prepara os médicos para atuar com competência em diversas áreas clínicas. Tem como objetivo fornecer uma formação abrangente, fundamental para aqueles que desejam se especializar em outras áreas médicas no futuro.
O Conselho Nacional de Residência Médica (CNRM) define as diretrizes desses programas para assegurar um padrão de qualidade. Os residentes participam ativamente do cuidado ao paciente sob supervisão, o que permite desenvolver habilidades práticas em diagnósticos e tratamento integrados.
Pré-requisitos e Acesso Direto
Para ingressar na residência em clínica médica, é necessário ter concluído a graduação em medicina. O processo seletivo geralmente inclui uma prova teórica e prática, avaliando o conhecimento técnico e a aptidão clínica do candidato.
O acesso direto à residência em Clínica Médica apresenta características únicas que o distinguem de outras especialidades médicas. Uma das principais particularidades é a possibilidade de ingressar no programa de residência logo após a conclusão da graduação em Medicina, sem a necessidade de realizar uma residência prévia em outra área.
Essa forma de acesso permite que os médicos interessados em se especializar em Clínica Médica possam iniciar sua formação específica de maneira mais rápida e direta.
Além disso, os programas de residência em Clínica Médica geralmente têm uma duração de dois a três anos, período no qual os residentes têm a oportunidade de adquirir conhecimentos aprofundados e habilidades práticas essenciais para o atendimento de pacientes com uma ampla variedade de condições clínicas.
Durante a residência, os médicos são expostos a uma gama diversificada de casos, desde doenças comuns até quadros mais complexos, o que contribui para o desenvolvimento de sua expertise na área.
Outra característica marcante do acesso direto à residência em Clínica Médica é a ênfase no atendimento integral ao paciente, abordando não apenas os aspectos físicos, mas também os aspectos emocionais e sociais que podem influenciar a saúde do indivíduo.
Essa abordagem holística é fundamental para a formação de médicos clínicos completos e capacitados para lidar com os desafios da prática médica contemporânea.
Estrutura do Programa e Formação Acadêmica
Uma residência em clínica médica é estruturada para proporcionar uma formação consistente aos residentes por meio de experiências práticas e teóricas no ambiente hospitalar. A carga horária é intensa, com ênfase na orientação acadêmica e avaliações contínuas.
Carga Horária e Ambiente Hospitalar
A carga horária semanal compreende 60 horas, conforme as diretrizes da Comissão Nacional de Residência Médica. Este tempo inclui plantões e atividades em diversos setores hospitalares, permitindo exposição abrangente à medicina interna.
Os ambulatórios e enfermarias são componentes principais, complementando o ensino prático. A vivência em ambiente hospitalar é essencial para o desenvolvimento das competências médicas necessárias e para familiarizar-se com a demografia médica.
Orientação Acadêmica e Preceptoria
A orientação acadêmica é um pilar central do programa de residência médica. Cada residente recebe acompanhamento de um preceptor experiente, responsável por guiar e avaliar o seu progresso.
O corpo docente, formado por profissionais renomados, assegura que o ensino de pós-graduação seja de alta qualidade. A interação contínua com os preceptores promove um ambiente de aprendizado dinâmico, crucial para o desenvolvimento profissional.
Avaliação e Progressão
Avaliações regulares são parte integrante do programa, permitindo monitorar o crescimento dos residentes. As avaliações incluem exames escritos, práticas e feedbacks dos preceptores.
A progressão depende do desempenho nessas avaliações e da capacidade de aplicar os conhecimentos na prática clínica. A Comissão de Residência Médica (COREME) supervisiona todo o processo, garantindo que os padrões educativos sejam rigorosamente mantidos.
O Papel do Médico Residente
O médico residente desempenha um papel crucial na assistência médica ao atuar em diversas especialidades, aprimorando as suas habilidades clínicas e expandindo o seu conhecimento profissional por meio do treinamento prático.
Atuação Clínica e Especialidades
Os residentes em clínica médica têm a oportunidade de se envolver em diversas áreas, como medicina preventiva e cuidados paliativos. Eles também ganham experiência no atendimento ambulatorial, uma parte essencial de sua formação.
A prática em instituições renomadas, como o Hospital das Clínicas, possibilita que esses médicos desenvolvam um entendimento profundo de patologias variadas.
Durante a residência, eles aprendem a equilibrar o papel de médico internista com o de clínico geral, ampliando as suas competências.
As especialidades clínicas abrangem não apenas o tratamento direto, mas também diagnósticos precisos e cuidados abrangentes. A exposição a uma ampla gama de casos clínicos é vital para a consolidação dos conhecimentos adquiridos.
Treinamento Prático e Desenvolvimento Profissional
O treinamento prático é fundamental para o desenvolvimento dos médicos residentes. Eles recebem treinamento em serviço que desenvolve habilidades técnicas e interpessoais, preparando-os para o mercado de trabalho.
Durante o programa, os residentes enfrentam situações desafiadoras que exigem decisões rápidas e eficazes, promovendo o crescimento profissional.
A integração com equipes multidisciplinares aprimora a capacidade de colaboração dos residentes, sendo essencial para um atendimento de qualidade.
Além disso, o contato direto com mentores experientes proporciona um suporte valioso, permitindo ajustes conforme necessário e potencializando o aprendizado contínuo. Essa vivência prática é essencial para formar profissionais capacitados e autônomos.
Aspectos Práticos e Administrativos
Na residência em clínica médica, os residentes enfrentam um processo seletivo rigoroso, com alta concorrência para poucas vagas. A remuneração e a jornada de trabalho são fatores críticos, enquanto o mercado atual oferece desafios e oportunidades que requerem uma análise cuidadosa.
Seleção e Demografia Médica
O processo seletivo para a residência é altamente competitivo. A relação entre candidatos e vagas é um indicador essencial, refletindo tanto a concorrência quanto o panorama atual da demografia médica. As expectativas de formação completa e reconhecimento por instituições de ensino, como o MEC, são altos.
As instituições de ensino destacam-se em fornecer programas reconhecidos, e a Associação Médica Brasileira desempenha um papel vital no processo. Além disso, os candidatos devem possuir CRM válido para participar dos processos seletivos.
Remuneração e Jornada de Trabalho
A remuneração na residência em clínica médica varia, ficando entre R$ 3.330 a R$ 4.500 mensais na maioria dos programas.
O salário é geralmente determinado por diretrizes nacionais, mas pode ser influenciado por fatores regionais e pela instituição de ensino.
A jornada de trabalho dos residentes pode ser intensa, com cargas que frequentemente exigem 60 horas semanais ou mais. Esse regime pode incluir plantões noturnos e em finais de semana, dificultando o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Desafios e Oportunidades no Mercado Atual
O mercado de trabalho para residentes em clínica médica está em constante evolução. Novas oportunidades surgem com o reconhecimento crescente da área e a expansão de vagas em residência médica. As instituições buscam médicos bem formados e alinhados com as demandas emergentes do mercado.
Os desafios incluem ajustar-se às mudanças regulatórias e as expectativas das associações médicas. Formações contínuas são essenciais para adaptar-se ao cenário em transformação e manter a competitividade.
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Você, médico em formação contínua, sabe o quão desafiador pode ser conciliar a residência em Clínica Médica com a necessidade de se manter atualizado e aprimorar suas habilidades constantemente. A crescente complexidade dos casos clínicos e a rápida evolução do conhecimento médico exigem dedicação e ferramentas adequadas para auxiliá-lo nessa jornada.
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Conclusão: Residência em Clínica Médica
A residência em clínica médica apresenta várias oportunidades para médicos em formação, permitindo o desenvolvimento de habilidades clínicas essenciais.
Este programa de residência é estruturado para abordar uma ampla gama de condições médicas e preparar os residentes para uma prática clínica sólida e abrangente.
Os residentes são expostos a diferentes metodologias de aprendizagem durante seu treinamento. Isso inclui rotinas hospitalares e atendimento ambulatorial, tornando-se aptos a lidarem com casos variados de complexidade diversa. Essa formação é fundamental para promover o aperfeiçoamento contínuo e a capacidade de adaptação em contextos variados de prática médica.
Coletar dados e transformá-los em informações úteis é fundamental para uma boa gestão financeira.
Na era da informação, os resultados de uma gestão estão cada vez mais relacionados ao acesso rápido aos dados que estão espalhados entre setores e dispositivos. Quanto mais ágil é esse processo, mais tempo disponível para avaliação e decisão estratégica.
Para a realização de uma boa gestão financeira em clínicas médicas, é fundamental, então, coletar dados e transformá-los em informações úteis a serem utilizadas para planejar estrategicamente, a longo prazo, ou tomar decisões mais imediatas.
Uma das áreas que mais se relaciona com as atividades de gestão financeira é a contabilidade. Qualquer empresa, seja qual for o setor, precisa de uma contabilidade eficiente para se desenvolver. No caso de serviços do setor de saúde, a contabilidade possui uma série de particularidades fiscais, legislações e normas que precisam ser seguidas para não acarretar prejuízo financeiro para o negócio.
Quais os principais desafios da contabilidade para clínicas médicas?
Ao observar a especificidade do segmento de saúde, cabe destacar, de antemão, que os desafios podem ser superados com mais facilidade, se a clínica contar com o suporte de profissionais de contabilidade especializados na área. Dentre os desafios mais comuns para a área, é válido destacar:
Gestão de impostos: identificação e aplicação das leis tributárias específicas para a área.
Faturamento de serviços: execução do faturamento de serviços médicos, considerando sua complexidade e variedade de procedimentos.
Folha de pagamento: gestão do pagamento de médicos e demais profissionais da clínica, conforme a forma de contratação de cada um.
Adequação às leis e normas: atualização sobre o que acontece na área, do ponto de vista legal para não prejudicar as finanças e a imagem da clínica.
Planejamento financeiro: elaboração de um planejamento sólido, fundamentado, com um capital de giro definido e um fluxo de caixa eficiente, constantemente atualizado.
Benefícios da integração da contabilidade ao financeiro
Integrar a contabilidade ao financeiro de uma clínica ou consultório pode trazer vários benefícios para o negócio, tanto operacionais, porque as informações levam a ações que impactam na rotina de trabalho da clínica, quanto estratégicos, já que as informações podem servir para um planejamento mais elaborado e distribuído ao longo do tempo.
Alguns dos benefícios mais comuns são:
Visão completa da saúde financeira
Com os dados financeiros e contábeis integrados, é possível tomar decisões de forma facilitada, além da geração de relatórios aprofundados, com demonstração de resultados, impostos e fluxo de caixa.
Melhoria no Planejamento e Controle Financeiro
O acesso rápido aos dados possibilita a construção e monitoramento de orçamentos, com a possibilidade de ajuste em tempo real. Assim, há um maior controle dos custos para melhorar a eficiência orçamentária.
Automatização de Processos
Com os processos automatizados, há uma menor chance de erros manuais nos lançamentos de transações. Também, há o aumento da eficiência operacional, já que a automatização diminui o tempo gasto por profissionais em tarefas básicas, liberando-os para atividades mais estratégicas.
Conformidade Legal e Fiscal
A integração garante que as obrigações fiscais e contábeis sejam cumpridas dentro dos prazos determinados, sem acarretar prejuízos, como penalidades e multas. Normalmente uma solução integrada também promove atualização automática de legislação fiscal e contábil, o que facilita bastante nos períodos de mudanças de normas.
Segurança e Acessibilidade das Informações
Soluções integradas devem oferecer um robusto sistema de segurança conforme as LGPD* e demais* normas de proteção de dados. Com os dados armazenados e protegidos, é possível consultá-los com maior facilidade em tempo real para o controle e tomada de decisões.
Personalização e Monitoramento
Para atender às demandas específicas de cada clínica, com seus procedimentos e modelo operacional, a integração pode ser feita de forma personalizada. Dentro dessa lógica de personalização, é possível definir indicadores de desempenho para serem utilizados e monitorados constantemente, o que possibilita o crescimento contínuo da clínica.
Além dos benefícios apresentados ao financeiro, de modo geral a integração com a contabilidade oferece à clínica médica uma significativa vantagem competitiva no segmento. Auxilia também a cooperação entre setores, já que com as informações mais centralizadas, as equipes podem atuar de forma mais coordenada, unindo objetivos e solidificando uma cultura organizacional mais colaborativa.
O futuro irá demandar negócios ágeis e adaptáveis aos diversos contextos econômicos. Isso exige ainda mais integração entre as áreas de finanças e contabilidade, que oferecem base para o desenvolvimento das empresas com sustentabilidade a longo prazo.
Para promover uma integração segura é fundamental contar com soluções consolidadas, com experiência em clínicas médicas, considerando suas especificidades operacionais, fiscais e econômicas.
Sua clínica já começou a investir em integração para uma gestão mais eficiente?
Números mostram que cada vez mais os médicos estão endividados e trabalhando apenas para pagar contas.
Durante a faculdade o estudante aprende sobre o corpo humano, atendimentos ambulatoriais, equipamentos e tudo o que envolve a atividade médica. Entretanto, alguns assuntos importantes acabam sendo deixados de lado, principalmente os que não têm relação com a saúde humana.
Um desses temas é a gestão financeira, que tem influência não só na carreira do médico, como também na vida pessoal desse profissional.
Segundo uma pesquisa do Research Center (2022), 89% dos médicos pagam mais impostos do que deveriam, por não terem o conhecimento ou a assessoria correta. Além disso, 31% têm problemas com dívidas e apenas 29% se dizem aptos a administrar o próprio dinheiro.
Quando analisamos tudo isso em um cenário mais amplo, percebemos que todos esses problemas estão relacionados entre si.
Mas o que o médico que acabou de se formar pode fazer para não entrar para essas estatísticas?
A carreira médica e os problemas financeiros
Embora historicamente a carreira médica seja reconhecida pelos altos salários, não é difícil encontrar profissionais com problemas financeiros.
Isso mostra que, não importa quanto seja o faturamento mensal, se não houver o controle e uma boa gestão do dinheiro, o caminho para as dívidas é quase certo. Por isso, os jovens profissionais devem investir parte de seu tempo em estudos de finanças e planejamento financeiro para carreiras médicas;
Além de ser importante para a jornada profissional, isso pode evitar não só transtornos fiscais, mas também problemas na vida pessoal.
Alguns pontos que devem ser analisados pelo estudante de Medicina ou pelo médico que acabou de se formar, são:
• Em qual regime de trabalho ele vai atuar? Clt ou Pj?
• Quanto ele vai pagar de imposto por mês?
• Como pagará os impostos? Ele vai recolher ou é a empresa?
• Como ele receberá sua remuneração?
• Quem cuidará das suas finanças?
• Quanto ele precisará ganhar para cobrir os gastos mensais?
• Quais ferramentas ele deve utilizar na rotina para ajudar no planejamento financeiro?
Respondendo essas perguntas, será possível criar um plano de carreira onde o médico tenha consciência daquilo que precisa fazer para ter mais controle de sua rotina.
O que é preciso para ter uma gestão financeira eficiente?
É cada vez mais frequente que clínicas, hospitais e unidades de saúde contratem profissionais no formato de Pessoa Jurídica (PJ). Nesse modelo, o recolhimento de impostos fica a cargo do médico, que precisa ter conhecimento em contabilidade para não cometer erros.
Entretanto, recolher e pagar impostos é só um detalhe de tudo o que envolve a carreira médica. Dessa forma, é essencial que esses profissionais contem com a assessoria de serviços especializados em toda a jornada: da formatura à aposentadoria.
Na Amigo, além de planejamento financeiro, oferecemos mais segurança e produtividade com as soluções mais eficientes para a rotina do médico.
Quando bem organizado, o marketing médico traz vantagens que podem ser definidoras do sucesso de um negócio na área de saúde, seja para profissionais experientes e consolidados no mercado ou para recém-formados.
O que contém este artigo?
O que é Marketing Médico?
Cenário: O uso do marketing por médicos brasileiros
O que diz a legislação sobre o uso do marketing para médicos?
Algumas boas práticas que contribuem para o marketing médico
O que é Marketing Médico?
O marketing médico é uma ferramenta cada vez mais determinante para o sucesso de médicos e demais profissionais da saúde, gestores de clínicas e organizações do setor. Trata-se da aplicação de técnicas de comunicação e marketing para promoção dos serviços médicos. Fazem parte desta ação, a construção e fortalecimento de marca, a transmissão de valores e missão do negócio, além das estratégias de relacionamento entre profissionais de saúde e seus pacientes.
Considerando a integração cada vez maior de atividades humanas com tecnologias digitais, o marketing digital se apresenta como uma prática essencial para consolidar uma presença online, angariando muitas vantagens aos profissionais. Tal presença pode ocorrer através da criação e manutenção de sites, otimização de mecanismos de busca (SEO), produção de conteúdos diversos e interação via redes sociais.
Além do marketing digital, outras duas áreas contribuem para a boa prática do marketing médico. A primeira é o marketing de conteúdo, que busca instruir e informar o público-alvo ao fornecer materiais como artigos de blogs, vídeos, podcasts, entre outros formatos de conteúdos. A segunda área envolve relações públicas, que têm como objetivo maior estabelecer contato com a mídia, gerenciar crises envolvendo a reputação da marca e estender sua presença em outros setores da sociedade.
As três áreas devem atuar de modo integrado, pois o resultado de uma pode ter consequências em outra área. Quando bem organizado, o marketing médico traz vantagens que podem ser definidoras do sucesso de um negócio na área de saúde, seja para profissionais experientes e consolidados no mercado ou para recém-formados.
Cenário: uso do Marketing Médico no Brasil
Ao considerar a evolução do marketing para várias áreas da sociedade, é natural também imaginar o seu impacto para o segmento da saúde. Uma pesquisa desenvolvida pela WE Marketing Médico revelou que as buscas por médicos no Brasil subiram, em média, 50,58% nos últimos quatro anos. Entre o período de 2019 a 2023 o volume de buscas por especialistas saltou de 9.290.370 para 13.989.400, se tomada por base a plataforma de anúncio do Google Ads.
De acordo com o relatório de tendências digitais da Comscore, 64,75% da população brasileira está conectada a algum tipo de tecnologia digital. A população digital do país é de 131,5 milhões de pessoas. Esses números indicam a necessidade de se buscarem estratégias de utilização do marketing para ampliar a presença digital e cristalizar uma marca diante de seu público.
Outro dado importante indica o pouco uso de ações de marketing por médicos brasileiros. Uma pesquisa realizada pela Livance em 2020 apontou que 55% dos médicos não fazem investimentos em marketing. Para uma boa parcela dos pesquisados, o maior dificultador do investimento é a falta de conhecimento sobre a área. Apesar disso, em relação ao ano anterior, houve um aumento de 60% no número de pesquisados que passaram a investir esforços em ações de marketing.
Dentre os meios de divulgação das ações, o Instagram surge como o canal preferido dos profissionais, com 53,6% de adesão. Na sequência, 39,3% apostam em sites, 27,4% no Google Ads e 27,4% no Facebook. Dos pesquisados, 62% se mostraram satisfeitos com os resultados obtidos. A pesquisa também revelou que quem utiliza ações constantes de marketing costuma atender 147% a mais, em média.
O que diz a legislação sobre o uso do marketing para médicos?
Em setembro de 2023 o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução CFM n° 2.336/2023, que dispõe sobre publicidade e propagandas médicas. No documento, com normas em vigor desde março de 2024, são definidas novas diretrizes para a montagem de estratégias de divulgação pelos profissionais de saúde. Dentre as principais mudanças de normas, destaca-se a permissão para divulgação dos trabalhos em redes sociais, como Instagram, Facebook e LinkedIn. Com isso, surge uma grande oportunidade de promoção das atividades profissionais e também de informações sobre saúde e bem-estar para pacientes e seguidores. Alguns outros pontos de proibição e permissão merecem a atenção dos profissionais:
O que é proibido?
Garantir, prometer ou insinuar bons resultados do tratamento;
Expor a figura do paciente como forma de divulgar técnica, método ou resultado de tratamento, ainda que com autorização expressa do mesmo. (Exceção para trabalhos e eventos científicos em que a exposição é imprescindível, com a devida autorização);
Para os profissionais que são investidores em consultórios, fica vedada a propaganda ou divulgação de materiais publicitários nos estabelecimentos aos quais se vinculam;
Fica proibida a circulação dos nomes dos profissionais em qualquer tipo de mídia, contemplando a internet, em matérias desprovidas de rigor científico;
É proibido o anúncio de aparelhagem de forma a atribuir ao médico capacidade privilegiada;
Fazer propaganda de método ou técnica não reconhecida pelo CFM como válido para a prática médica,
Permitir que sua imagem seja incluída em propaganda enganosa de qualquer natureza.
O que é permitido?
Explorar o uso de imagens e vídeos do ambiente de trabalho, incluindo equipamentos e tecnologias aprovadas pela Anvisa, desde que não sejam atribuídas características de privilégio aos instrumentos;
Participar de campanhas de divulgação realizadas por operadoras, seguradoras e outras instituições, desde que preste serviço a essas empresas e autorize previamente o uso de sua imagem;
Utilizar imagens educativas de pacientes nas publicações de conteúdos. Para tanto, as imagens precisam ser reais e sem nenhum tipo de manipulação;
Divulgar os preços de serviços e consultas, assim como formas e condições de pagamento. Também é permitida a divulgação de descontos, realização de campanhas com promoções, desde que não haja venda casada de serviços, o que costuma distorcer a essência da medicina como atividade.
Algumas boas práticas que contribuem para o marketing médico
As possibilidades de utilização das estratégias de marketing na área médica são inesgotáveis. Apesar disso, ficar atento às normas e até a comportamentos mais recorrentes pode ajudar muitos profissionais a encontrar um norte para explorarem os canais de comunicação na busca pela atração e fidelização de pacientes. Entre as boas práticas mais identificadas, é possível destacar:
Difusão de conteúdos que promovem saúde e prevenção de doenças
A produção e distribuição de conteúdos informativos e educativos sobre hábitos saudáveis, como prevenir doenças ou tratar determinados problemas, pode ser algo simples de ser feito, tendo um importante papel conscientizador. Além disso, costumam agregar valor aos profissionais que se prestam a compartilhar seus conhecimentos.
Adesão às normas éticas e legais
O passo fundamental para utilizar o marketing médico é conhecer bem as regras que abrangem a divulgação de trabalhos do médico ou instituições de saúde. No Brasil, o CFM estabelece diretrizes para a propaganda e publicidade para médicos, e o Código de Ética Médica (CEM) define orientações éticas da profissão.
Transparência e honestidade
Não adianta investir numa grande produção de vídeo, foto ou qualquer outro material, se a informação divulgada foge da realidade, é duvidosa ou enganosa. Ser transparente e honesto é uma condição básica para qualquer profissional de saúde.
Respeito pela privacidade do paciente
Tenha garantia de que qualquer informação do paciente utilizada com fins de marketing esteja anonimizada. Também, certifique-se de que informações pessoais de pacientes tenham consentimento explícito.
Divulgação do CRM e especialidade médica
Profissionais da medicina têm o direito de divulgar seus números de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e as especialidades nas quais atuam, se reconhecidas pelos órgãos responsáveis. Utilizar esse tipo de informação pode agregar precisão e confiabilidade ao profissional.
Conclusão
No contexto de pleno aquecimento do mercado da medicina no Brasil, somado à cada vez maior concorrência entre profissionais e ao aumento das buscas por serviços na internet, as estratégias de marketing se apresentam como uma solução poderosa para a área. Para tanto, é necessário conhecer bem as características e possibilidades do marketing e os objetivos que cada profissional possui. Cabe também estar atento aos requisitos éticos e legais referentes a essa prática e às discussões e modificações que podem acontecer com o passar do tempo, afinal, o marketing é capaz de se reinventar a todo momento.