Contabilidade

Equiparação hospitalar: principais benefícios, requisitos e etapas para implementação

A equiparação hospitalar pode trazer redução significativa de impostos e uma série de melhorias relacionadas. Saiba o que é equiparação hospitalar, quais os requisitos necessários, benefícios e etapas para implementação.

Equipe Amigo

Criador de conteúdo
17 Jul
24
Atualizado em
17 Jul
24
8 min de leitura

Médicos gestores têm buscado cada vez mais se informar e aplicar a estratégia de equiparação hospitalar, devido em muito à alta complexidade do sistema tributário brasileiro. A abordagem permite não somente aliviar o impacto da carga tributária, como também elevar a eficiência contábil de uma clínica ou consultório.

O que é equiparação hospitalar?

Equiparação hospitalar é um instrumento legal utilizado para trazer vantagens financeiras significativas  para clínicas de diversos perfis e especialidades médicas. A estratégia tributária possibilita equiparar, em termos fiscais, clínicas e hospitais, no entendimento de que as clínicas executam determinados serviços semelhantes aos prestados por hospitais.

Clínicas que oferecem procedimentos mais complexos, como internação, exames de imagem, cuidados pós-operatórios intensivos, estrutura hospitalar, podem se beneficiar com esse mecanismo e gozar da redução de impostos. Para a realização desse processo, é preciso, não uma ação isolada, mas um conjunto de medidas visando reorganizar as finanças e a contabilidade da empresa.

Assim, para diminuir a carga de impostos, clínicas se apoiam na Lei n.º 9.249/2015, que realiza o cálculo dos hospitais de modo diferente, além da Instrução Normativa 1234/2012, que define os que são considerados serviços hospitalares para o governo federal. Estes se enquadram  nas atribuições 1 a 4 da Resolução RDC 50/2002, que objetivam controlar as atividades dos locais de saúde.

Quais os requisitos para ter reconhecida a equiparação

Para que a equiparação hospitalar seja reconhecida, é necessário que os gestores implementadores das medidas estejam cientes das condições específicas e garantam adequação às normas fiscais e regulatórias indispensáveis. Na sequência, serão apresentados alguns requisitos fundamentais para que o processo aconteça:

- Adequar-se a clínica ao regime tributário do Lucro Presumido
A clínica deve estar registrada no regime tributário do Lucro Presumido, modo que simplifica tributos ao presumir um lucro pré-estabelecido. Sem esse enquadramento não é possível realizar a equiparação hospitalar.

- Ser uma sociedade empresária
É preciso que a clínica, do ponto de vista empresarial, seja uma sociedade empresária com registro na Junta Comercial.

- Alinhar-se com as normas da ANVISA
A clínica deve atender integralmente às normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). É importante ressaltar que o alinhamento considera tanto padrões de qualidade e segurança, como boas práticas no ambiente onde acontece a prestação de serviços.

- Realizar procedimentos complexos
A equiparação hospitalar pode ser feita por clínicas de diversas áreas, desde que seja constatado que a clínica oferece procedimentos complexos, que demandam internação, centro cirúrgico e cuidados intensivos.

Na tentativa de amenizar o impacto da carga tributária, muitas clínicas buscam a equiparação sem a devida orientação técnica. É decisivo para o processo contar com consultoria especializada em negócios na área de saúde. A ajuda pode garantir a implementação das medidas com segurança fiscal, sem maiores prejuízos à rotina da empresa.

Quais os benefícios e economias da equiparação hospitalar para clínicas médicas?

Para as clínicas que conseguem realizar a equiparação hospitalar, os benefícios, principalmente fiscais, são bem expressivos e com um grande impacto para o sucesso dos negócios. Além disso, outros benefícios também podem ser observados, como a maior segurança jurídica e o ganho de competitividade.

- Redução significativa de impostos

Com a equiparação, há uma mudança considerável de encargos fiscais, principalmente em procedimentos complexos, como cirurgias ou exames de imagem.  Com a amortização, há maior margem de lucro para a empresa, que pode investir na capacitação de profissionais, em melhorias estruturais ou aquisição de novas tecnologias.

- Solidez e previsibilidade financeira

Reduzir impostos permite que a gestão dos recursos seja mais eficiente. Com isso, pode haver maior previsibilidade no orçamento da empresa, o que permite planejar a longo prazo de modo estratégico. A economia nos tributos torna mais sólida a gestão financeira da clínica, diminuindo impactos com as variações econômicas que podem acontecer.

- Aumento de competitividade

A partir do momento em que clínicas se equiparam aos hospitais em termos de serviços, naturalmente, são capazes de atrair mais pacientes. Essa capacidade de atração representa um estímulo para que a empresa fortaleça seu posicionamento no segmento em que atua, se tornando uma marca cada vez mais forte.

Conclusão

Com uma carga tributária complexa, a tarefa de realizar uma gestão tributária se torna ainda mais difícil no Brasil, especialmente para clínicas médicas. Uma maneira eficiente de simplificar e amortizar impostos é buscar a equiparação hospitalar.

Para tanto, é fundamental contar com o suporte de profissionais da área jurídica e especialistas em contabilidade médica, já que um profissional generalista pode não conhecer profundamente detalhes operacionais e fiscais dos serviços de saúde, podendo colocar em risco o procedimento, que leva alguns meses para ser concretizado.

Na equiparação hospitalar, não há um limite pré-estabelecido para a redução de impostos. O tamanho dela está diretamente relacionado à elegibilidade da clínica e ao volume de procedimentos ofertados. Isso reforça a importância da consultoria de profissionais especializados, que podem incluir o máximo de critérios de elegibilidade, além de garantir solidez para que o acompanhamento seja contínuo.

Uma condição básica para quem busca a equiparação hospitalar é entender a situação fiscal em que a clínica se encontra. O Amigo oferece um diagnóstico tributário totalmente exclusivo e gratuito. A ferramenta, que utiliza consultores com experiência em contabilidade médica, é o primeiro passo para conquistar um alinhamento fiscal que possibilite a equiparação. Solicite um diagnóstico tributário e transforme a situação fiscal de sua clínica para melhor.

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Produtividade

Maximize a eficiência na gestão médica usando ferramentas e estratégias para melhor atendimento e satisfação dos pacientes.

Muitos profissionais de saúde ainda acreditam que pensar em ferramentas de gestão e administração pessoal é uma habilidade a ser desenvolvida secundariamente. Entretanto, com o aumento das ofertas e serviços na área de saúde, manter-se atualizado em prol de melhores resultados é essencial. E se tratando de gestão médica, não poderia ser diferente. 

Garantir a eficiência e qualidade dos serviços prestados em um ambiente médico, onde a demanda é constante e a pressão por um atendimento de qualidade é alta, pensar de forma produtiva pode ser um grande diferencial que impactará diretamente na gestão financeira profissional. 

Produtividade na área de saúde 

Primeiramente, a produtividade médica está diretamente ligada à otimização dos recursos disponíveis. Isso inclui o tempo dos médicos, enfermeiros, equipamentos e instalações. Quando bem gerenciada, é possível atender mais pacientes em igual tempo, garantindo que ninguém espere demasiadamente por atendimento, e que os recursos estejam sendo utilizados da forma mais eficaz possível.

Além disso, a produtividade contribui para a melhoria da qualidade do atendimento médico. Quando os profissionais de saúde podem dedicar mais tempo a cada paciente, têm a oportunidade de realizar avaliações mais abrangentes, diagnósticos mais precisos e planos de tratamento mais adequados. Isso, por sua vez, reduz erros médicos e melhora a satisfação dos pacientes.

Porém, uma gestão eficaz não trata apenas de trabalhar mais ou de maneira mais intensa. Ela envolve equilibrar qualidade, bem-estar,  planejamento e eficiência para alcançar resultados significativos e sustentáveis. 

Nesse sentido, é importante assumir uma postura mais equilibrada e estratégica. Inovar é preciso.

Principais atividades para uma gestão médica eficiente

Uma gestão médica eficiente não se limita aos aspectos clínicos, mas inclui ainda  administração e organização do profissional através de habilidades que contribuem para uma rotina mais inteligente, com melhor gestão de agendas, redução de desperdícios de recursos e diminuição de custos operacionais.

A relação entre médicos e tecnologia tem passado por uma evolução significativa nas últimas décadas, e essa interação está moldando profundamente a prática da Medicina. 

Prescrição digital, telemedicina e sistemas de gestão integrados são só alguns dos exemplos. Portanto, quer seja um profissional recém-formado ou que já possui consultório, é fundamental utilizar a tecnologia a seu favor.

Abaixo, listamos 4 ferramentas que facilitam a gestão médica:

1. Agendamento do Google

A Agenda Digital do Google é uma ferramenta online que permite a você organizar seus atendimentos, compromissos e obrigações diárias. 

Ela sincroniza automaticamente com outros produtos do Google, como o Gmail, facilitando o acompanhamento de reuniões, eventos pessoais e tarefas importantes. 

É uma ferramenta eficaz para o planejamento diário e a gestão de tempo.

2. Plantãozinho

O aplicativo Plantãozinho é uma ferramenta destinada a médicos que trabalham em ambientes hospitalares, clínicas e unidades de saúde. Com ele, você consegue fazer o gerenciamento de escalas de plantão e coordenação de equipe.

3. Mobills App

O Mobills App é um aplicativo de finanças pessoais que ajuda os usuários a controlar suas despesas, fazer orçamentos, rastrear gastos e economizar dinheiro.

É uma ferramenta útil para o gerenciamento financeiro pessoal e pode ser acessada em dispositivos móveis. 

4. Contabilidade

Apesar de não ser exatamente uma ferramenta, consideramos fundamental colocar na lista.

A contabilidade é ofício de uma empresa ou profissional especializado em serviços contábeis e financeiros para auxiliar no registro de transações financeiras, preparação de declarações de impostos, conformidade regulatória e planejamento financeiro. 

Ou seja, todas as obrigações que o médico tem – e muitas vezes nem sabe que possui, já que não aprende na universidade. Em especial, o processo de Emissão de Notas.

A contabilidade digital chegou para simplificar e automatizar processos de forma segura. Seja armazenando documentos eletrônicos ou integrando instituições financeiras para facilitar a conciliação financeira e a geração de relatórios precisos, cada ferramenta desempenha um papel importante em diferentes aspectos para uma gestão médica eficiente.

A escolha da ferramenta adequada depende das necessidades específicas de cada profissional e clínica.

Bônus – A ferramenta completa

Mesmo com todas as ferramentas disponíveis, de acordo com uma pesquisa da Medscape, calcula-se que 60% dos médicos não fazem a gestão correta da sua rotina e gastam aproximadamente 10h por semana com burocracia e tarefas administrativas.

E se você pudesse integrar tudo em uma única ferramenta?

Seus plantões, consultas, prontuários, histórico de prescrições emitidas, quanto tem a receber... E até sua contabilidade?

  • Informações descentralizadas
  • Integração de dados nula
  • Acessos diferentes
  • Maior probabilidade de inconsistências
  • Mais tempo gasto com burocracia

Com o Amigo One, você:

✔️ Controla a produtividade de forma eficiente, pois acompanha de perto as horas de serviço e o valor correto a receber.

✔️ Paga menos impostos, uma vez que conhece as melhores formas de receber pelo trabalho.

✔️ Evita dívidas e dores de cabeça, já que possui total controle financeiro.

✔️ Consegue emitir guias, solicitações e até notas fiscais em segundos de forma segura.

Leia também: PJ ou PF para médicos: qual a melhor opção?

O que devo fazer a partir de agora?

Em resumo, a produtividade desempenha um papel essencial na gestão médica, impactando diretamente a qualidade dos serviços, o uso eficiente de recursos e a satisfação dos pacientes.

É fundamental que os gestores médicos busquem estratégias e tecnologias que possam otimizar a produtividade de suas equipes e, assim, oferecer um atendimento de saúde mais eficaz e acessível à comunidade.

E é aí que você pode contar com o Amigo One para ir além e se destacar em sua jornada profissional. Além de abrir uma empresa individual sem custos, você também contará com diversas ferramentas e automações que vão facilitar ainda mais sua rotina.

Enquanto você foca em cuidar de seus pacientes, deixe as burocracias com a Amigo.

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Nov
23
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Jornada Médica

É formado em medicina e está buscando seu primeiro plantão médico? Descubra o que você precisa saber antes de começar!

É formado em medicina e está buscando seu primeiro plantão médico? Provavelmente você deve estar se perguntando:

  • Como me preparar da melhor forma?
  • O que preciso saber antes de iniciar o meu primeiro plantão?
  • Quando e como receberei pelo plantão?

O primeiro plantão médico é um rito de passagem inesquecível na carreira de qualquer profissional. Para quem está prestes a ingressar nessa fase da jornada médica, é fundamental estar preparado e ciente das responsabilidades envolvidas e considerar vários fatores. Ao buscar o primeiro plantão, há que ter em conta seu perfil, objetivos de carreira e nível de confiança

O serviço pode variar desde trabalhar em UPAs com menos movimento em áreas remotas, até em unidades de emergência movimentadas na cidade. É crucial considerar seus pontos fortes e fracos ao fazer essa escolha. 

Neste artigo, exploraremos o que é essencial saber antes de assumir o primeiro plantão médico:

  • Segurança na prática clínica
  • Troca de experiência com colegas da área
  • Quais as possibilidades de contratação pelo local de trabalho
  • Constituição de uma PJ antes do plantão

Obs: a dica 4 é geralmente ignorada pelos profissionais recém-formados, mas faz uma grande diferença! 


1. Segurança na prática clínica

Ao escolher seu primeiro plantão médico, é fundamental preparar-se para as possíveis situações que você poderá enfrentar e refletir sobre os seguintes pontos:

  • Me sinto preparado para seguir o protocolo de PCR sozinho?
  • Tenho a capacidade de realizar intubação na emergência e operar um ventilador?
  • Tenho segurança em realizar acessos vasculares e outros procedimentos práticos?

Se você não sentiu segurança ao responder alguma das respostas acima, é aconselhável buscar um plantão em que você não seja o único médico presente. Além disso, é importante saber se na unidade em que você estará trabalhando haverá especialistas disponíveis e como você poderá contar com a colaboração deles durante o serviço.

Os plantões médicos envolvem a capacidade de responder às demandas que surgem, incluindo procedimentos, diagnósticos e transferências para unidades especializadas. A duração varia de 12 a 24 horas e pode ocorrer em vários locais, como hospitais, ambulatórios, clínicas e até eventos.


No início, você se deparará com situações em que será necessário tomar decisões rápidas e precisas. É importante lembrar que ninguém espera que você saiba tudo, mas espera-se que você seja capaz de atuar com profissionalismo e ética.


2. Troca de experiência com colegas da área

Conversar com um colega da área que já passou pela experiência do primeiro plantão médico pode ajudá-lo a se preparar melhor. Os hospitais e clínicas são ambientes altamente colaborativos, onde vários profissionais de saúde trabalham juntos para proporcionar o melhor atendimento aos pacientes. 

Esteja disposto a trabalhar em equipe, consultando outros médicos, enfermeiros, farmacêuticos e especialistas, quando necessário. A troca de informações e a colaboração são cruciais para o tratamento eficaz dos pacientes.


3. Possibilidades de contratação pelo local de trabalho

Historicamente, os plantões são conhecidos por oferecerem pagamentos elevados e remuneração imediata, mas a realidade é mais complexa. Um ponto para ter em vista é quais as formas de contratação que o local em que se pretende dar o plantão utiliza.

A forma de contratação pode ser por CLT ou por prestação de serviços, com flexibilidade no número de plantões para profissionais contratados como PJ. Os valores dos plantões dependem do empregador, tipo de contrato, localização e especialização do médico.

Com todas essas informações levantadas, agora, vamos seguir para a dica mais importante!


4. Possuir uma PJ constituída antes do plantão

Sabemos que o período de formação é desafiador. Mas, enquanto médico recém-formado, é essencial ter em mente a importância de constituir sua PJ, antes de pegar o CRM.

Isso porque é preciso considerar o tempo de elaboração desses documentos por parte dos órgãos envolvidos e questões burocráticas que fazem parte do processo.

Para constituir sua PJ, leva-se em média de 7 a 10 dias úteis. Se você passa a atuar em plantões, antes de dar entrada na documentação, você corre o risco de não receber por seu trabalho realizado, pois a PJ talvez não esteja já constituída. E nada melhor do que iniciar a carreira de forma organizada, concorda?

Neste artigo, também explicamos a melhor forma de receber como médico.


Leia também: PJ ou PF para médicos: qual a melhor opção?


Se você já leu, sabe que a melhor forma de receber pelo plantão é como PJ.

Após a constituição de sua pessoa jurídica, é necessário realizar a emissão dos certificados digitais - tanto da PJ quanto da PF - para solicitação de enquadramento na Receita Federal e na Prefeitura. Esse processo também pode levar alguns dias, até que seja autorizada a emissão de nota fiscal e, consequentemente, haja o recebimento dos valores trabalhados.

É preciso considerar também a abertura de uma conta bancária para PJ, em paralelo a sua constituição, para efetivar o cadastro nos respectivos locais de atendimento.

Nessas horas, quem tem Amigo sai na frente! Com o aplicativo Amigo One, você consegue fazer a gestão dos atendimentos e organizar todas as questões burocráticas das emissões de NFs em apenas 4 cliques.

Entre os diversos benefícios legais que a abertura de uma pessoa jurídica oferece, você também economiza muito mais. Pense que os impostos a serem pagos serão calculados de acordo com seu faturamento, podendo ser variáveis. No Amigo, você conta com o apoio de especialistas focados em viabilizar a menor alíquota para sua empresa.

O primeiro plantão médico é um marco empolgante e desafiador na carreira de um médico. Todas essas dicas são essenciais para enfrentar esse momento com confiança e tranquilidade!

Lembre-se de que cada caso é uma oportunidade de aprendizado e crescimento profissional, e, com o tempo e a experiência, você se tornará um médico ainda mais competente e compassivo.

Esteja sempre disposto a aprender, evoluir e fornecer o melhor cuidado possível a seus pacientes.

Conte com um Amigo que o acompanha em toda a sua carreira.









11
Oct
23
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Jornada Médica

Descubra se médicos devem atuar como PJ ou PF. Analise benefícios, tributações e oportunidades para tomar a decisão mais vantajosa para sua carreira.

Você acabou de se formar em Medicina e não sabe como receber por seu trabalho, nem sabe muita coisa sobre impostos? Essas são dúvidas bastante comuns entre os médicos, sobretudo os profissionais recém-formados. Mas afinal, PJ ou PF para médicos: qual a melhor opção?

Para tomar essa decisão, você deve avaliar alguns fatores:

  • Oportunidades de trabalho
  • Descontos e contribuições
  • Riscos legais a assumir

O que contém este artigo?

  • Pessoa Física e Pessoa Jurídica para médicos: principais diferenças
  • Pessoa Física – CLT ou "Carteira assinada"
  • Pessoa Física – Prestador de Serviço Autônomo
  • Pessoa Jurídica – PJ própria
  • Pessoa Jurídica – Empresas Coletivas (Fuja desta opção)
  • Afinal, qual a melhor opção: PJ ou PF para médicos?
  • O que fazer a partir de agora?

Pessoa Física e Pessoa Jurídica para médicos

A diferença entre um médico atender como pessoa física ou pessoa jurídica está relacionada à forma como a prática médica é estruturada legalmente e aos impactos financeiros e tributários associados a cada opção.

Quando você atua como Pessoa Física (PF), o serviço prestado fica atrelado a seu CPF (Cadastro de Pessoa Física).

Já no caso de Pessoa Jurídica (PJ), o médico exerce sua prática clínica ou médica através de uma entidade legalmente constituída, como empresa ou sociedade.

Pessoa Física

Por se tratar de um profissional da área da saúde, o médico não precisa abrir empresa para prestar seus serviços, portanto pode ser contratado como celetista ou prestador de serviço autônomo.

CLT ou "Carteira assinada"

O profissional celetista trabalha em regime de emprego formal, tendo vínculo empregatício com uma instituição, seja hospital, clínica ou outra entidade de saúde.

Esse médico é considerado um empregado e está sujeito às normas e condições estabelecidas na CLT, legislação trabalhista que estabelece as regras e regulamentações para as relações de trabalho entre empregadores e empregados no Brasil.

Prestador de Serviço Autônomo

Ao contrário do empregado, o trabalhador autônomo não está subordinado juridicamente à pessoa ou empresa que o contratou.

Mas, apesar de não ter vínculo empregatício, há um contrato entre o profissional e a empresa contratante, que estabelece as obrigações de ambas partes.

Nesse caso, para receber o pagamento, o médico deve emitir um recibo (RPA) usando seu CPF.

Observações

Alguns médicos, especialmente os recém-formados, por não ter muito conhecimento sobre as burocracias e regulamentações, acabam optando por iniciar na profissão como Pessoa Física, mas isso implica em algumas desvantagens.

O médico que escolhe trabalhar como PF consegue emitir recibos utilizando o próprio CPF, pagando o INSS e o Imposto de Renda com alíquotas que podem chegar a 27,5%.

No caso dos profissionais autônomos, existe ainda o ISS, imposto instituído pelos municípios e que varia de 2% a 5%.

Além disso, as oportunidades de atendimento são reduzidas, pois a maioria das empresas (clínicas, hospitais e outras entidades de saúde) prefere contratar médicos que possuem PJ, como explicaremos na sequência.

Pessoa Jurídica

Essa é a forma mais comum no meio médico. Nesse caso, você pode trabalhar de forma autônoma e abrir uma PJ por conta própria ou associar-se a uma cooperativa. Mais a frente você entenderá o quão perigosa é esta última opção.

PJ própria (Sociedade Unipessoal)

Abrir uma empresa significa uma nova etapa na carreira médica. Ao exercer a profissão como PJ, o médico desfruta de alguns benefícios.

Além de ter mais controle sobre as operações realizadas em seu nome, você também consegue pagar menos impostos do que pagaria como pessoa física, por meio de um planejamento tributário específico para seu perfil de empresa.

Ter uma pessoa jurídica em seu nome facilita que você tenha vários vínculos de trabalho, diferentemente do que prevê a CLT. Ou seja, você amplia as opções de atuação e possui mais oportunidades de prestar seu serviço.

Como PJ, você tem validade em todo o território nacional. Independente do estado onde é registrada sua empresa, você poderá trabalhar em qualquer lugar do país.

Empresas Coletivas (Sociedade Cooperativa) – Fuja desta opção

No início do artigo, falamos que o risco legal assumido é um dos fatores levados em consideração na hora de escolher a melhor forma de receber, ao iniciar a carreira médica.

Associar-se a uma Sociedade Cooperativa ou "PJotão", como também é conhecida, é uma prática muito comum no meio médico, embora não ofereça segurança legal alguma.

Nesse caso, o profissional se associa à PJ de outros médicos, sendo um colaborador que contribui financeiramente e compartilha os lucros.

No entanto, ao fazer parte de uma "empresa coletiva", você está assumindo riscos jurídicos, contábeis e impasses comerciais, decorrentes das ações de terceiros.

Em função disso, evite esse caminho e aconselhe seus colegas a seguir seu exemplo. Se o CFM notificar esse "PJotão" pelo erro de um profissional, todos são responsabilizados.

Temos certeza de que esse não é um risco que você quer assumir.

Afinal, qual a melhor opção: PJ ou PF para médicos?

Levando em consideração as particularidades de cada opção e os fatores que influenciam nessa escolha, é seguro dizer que atuar como Pessoa Jurídica com sua própria empresa é a forma mais vantajosa.

Para ficar ainda mais claro, comparamos dois cenários. Observe que no cenário B, o profissional consegue ter uma economia de R$ 20 mil ao final do ano.

Além de economizar, você tem mais segurança e oportunidades para exercer sua profissão.

Outra vantagem é a possibilidade de benefícios que a PJ oferece, como possuir os ativos protegidos e poder escalar seus serviços.

Mas se você ainda prefere atuar como Pessoa Física, aqui vão alguns cuidados:

  1. Certifique-se de que o vínculo é registrado. Como autônomo, você não terá um CNPJ para emitir notas fiscais, precisará de uma forma legal para receber pelo seu trabalho.
  2. O RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) é um documento que deve ser emitido por quem contratou o serviço para comprovar o pagamento a pessoas físicas, sem caracterizar o vínculo CLT.
  3. Atente-se ao preencher o livro de caixa para não acabar caindo na malha fina por desatenção.
  4. O carnê-leão é um imposto obrigatório sobre a renda, que deve ser pago mensalmente por aqueles que receberam rendimentos superiores a R$ 1.903,98 de outras pessoas físicas ou do exterior. Ele funciona como um guia de pagamento que reúne os tributos e os valores a serem quitados pelo contribuinte. Em virtude disso, separamos informações sobre o Carnê Leão 2023, assim como dados sobre a tabela, o preenchimento e a DARF.

O que devo fazer a partir de agora?

Se você ainda não atende como PJ, abrir uma empresa é o primeiro passo. Isso envolve contratar um contador, pagar a taxa de abertura na Junta Comercial (DAE), ter um endereço virtual e o certificado digital em nuvem.

Outra opção é contratar o Amigo Contábil. Além de abrir uma empresa individual sem custos, você também contará com uma equipe especializada para adequá-lo à menor carga tributária legal.

Você foca em cuidar de seus pacientes, e deixa as burocracias com a Amigo.

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